A
febre aftosa é uma doença infecciosa causada por um
vírus. Atinge animais de cascos bipartidos – bovinos,
bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. O vírus permanece
vivo na medula óssea, mesmo depois de morto o animal. Por
isso, a moléstia é altamente contagiosa. O primeiro
sintoma é a febre alta. Podem surgir aftas na boca, na
gengiva ou na língua, e principalmente feridas nos cascos
ou nos úberes. As lesões impossibilitam o animal de se
alimentar e podem provocar a morte. O vírus é geralmente
transmitido pelo leite, pela carne e pela saliva do animal
doente.
A Evolução da Doença no
Brasil |
1870
– O vírus da aftosa entra na América do Sul com a importação
de bovinos da Europa, onde a doença era conhecida desde 1546. |
1919
– Começa no Brasil o combate à doença de forma organizada. |
1951
– É instituído um programa nacional de combate à doença, sem
resultados satisfatórios por carência de recursos financeiros e
humanos e de uma vacina eficiente. |
1963
– O governo brasileiro oficializa a campanha contra a febre
aftosa. |
1965
– É implantado o Programa de Combate à Febre Aftosa. |
1968
– O Banco Interamericano de Desenvolvimento financia o Projeto
Nacional de Combate à Febre Aftosa. |
1987
– É instalado o Projeto de Controle das Doenças dos Animais e
criado o Convênio de Cooperação Técnica Internacional entre Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai. |
1993
– O último foco de aftosa é registrado no Rio Grande do Sul. |
1995
– É criado o Comitê Nacional de Saúde Animal. |
1997
– A Organização Internacional de Epizootias (OIE) recebe relatório
sobre a sanidade dos rebanhos gaúcho e catarinense. |
1998
– Representantes de 151 países na OIE concedem o título de zona
livre de aftosa com vacinação ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina. |
1999
– O Centro-Oeste brasileiro começa a luta para também ganhar o
reconhecimento. Rio Grande do Sul inicia o trabalho para conseguir o título
como zona livre de aftosa sem vacinação. |
2000 |
•
5 de abril – Selado acordo permitindo a suspensão da vacinação do
rebanho contra a aftosa. É encaminhamento pedido de reconhecimento do
Rio Grande do Sul e de Santa Catarina como zona livre da doença sem a
imunização ao Ministério da Agricultura. Criado o Fundo Estadual de
Sanidade Animal (Fesa)
• 15 de abril – O secretário Hoffmann entrega ao Ministério da
Agricultura ofício comunicando que suspenderá da vacinação em maio
no Estado
• 28 de abril – O Ministério da Agricultura declara o Estado e
Santa Catarina zonas livre de febre aftosa sem vacinação.
• 9 de agosto – Brasil barra a entrada de carne paraguaia – carne
com osso de bovinos, ovinos e caprinos – com suspeita de febre aftosa
• 16 de agosto – Brasil coloca as Forças Armadas na fronteira com o
Paraguai para proteger o país da febre aftosa. Cerca de 12 mil homens
do Exército e 1,24 mil da Marinha dos Estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul ficam à disposição para impedir a entrada de animais
vivos suscetíveis à doença, como bovinos, suínos, caprinos e ovinos,
além de carne com osso e miúdos.
• 18 de agosto – O Brasil fecha fronteiras à importação de
animais vivos suscetíveis à febre aftosa, material genético, carne
com osso e miúdos de três províncias argentinas. O Paraguai retoma a
vacinação do rebanho contra aftosa na fronteira com Brasil e
Argentina. |
Maio
de 2001 – Nesta data o título de zona livre de aftosa sem vacinação
seria concedido oficialmente ao Rio Grande do Sul pela OIE. |
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