Poucos setores carregam tanto risco na tomada de decisão quanto o agronegócio.
Enquanto uma indústria pode ajustar sua produção em poucas semanas, o agricultor e o pecuarista vivem em ciclos longos. O que é decidido hoje só se transforma em resultado meses ou até anos depois e, nesse intervalo, tudo pode mudar: o preço, a demanda, o clima e até a própria economia.
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Apesar de conhecido por todos no campo, o ciclo produtivo impõe um compasso de espera longo e acaba se tornando uma das armadilhas mais desafiadoras da atividade. Ele faz com que, mesmo decisões corretas e tecnicamente bem fundamentadas, possam se converter em colheitas ou vendas abaixo do esperado. Ou seja, entre a decisão e a colheita aparece o risco que o produtor não controla e mesmo acertando hoje, ele pode estar errando no futuro próximo.
Tudo começa na defasagem entre decisão e resultado.
Quando um agricultor decide plantar mais soja ou arroz porque o preço está valorizado ou quando um pecuarista retém matrizes para expandir o rebanho ou compra bezerros para engorda, o impacto econômico dessa decisão só será sentido meses ou até anos depois. No campo, a oferta responde devagar: o plantio de hoje só se converte em colheita futura depois de meses e o bezerro retido só vira boi gordo em dois a três anos.
O risco aparece justamente nesse intervalo.
Quando a safra chega ao mercado, por exemplo, todos aumentaram juntos a produção. O resultado é excesso de oferta frente a uma demanda praticamente estável, o que inevitavelmente pressiona os preços para baixo. Na pecuária, o problema é ainda mais acentuado: a decisão de hoje pode refletir no mercado apenas anos depois, quando as condições de preços já se transformaram completamente.
Por isso, mesmo sendo tecnicamente eficiente, o agricultor ou pecuarista enfrenta riscos constantes de errar o “timing” e sofrer com quedas abruptas de preços.
Esse cenário mostra que o agronegócio não pode ser analisado com a mesma lógica de outros setores. Diferente de uma fábrica de automóveis ou de bens de consumo, que consegue ajustar sua produção em semanas, o agro está sujeito a ciclos biológicos, ao clima, à rigidez da oferta e o crescimento muito lento da demanda. Isso exige um olhar diferente: políticas, estratégias e decisões de gestão precisam considerar o tempo do campo, que é mais lento, mais incerto e profundamente ligado às variáveis da natureza.
Compreender essa diferença, como preconizado no meu estudo “Paradoxo da Produtividade Agropecuária”, é essencial para reduzir riscos, planejar melhor e dar sustentabilidade às cadeias produtivas.
Não basta só produzir melhor, é necessário pensar em mercados e políticas para escoamento da produção.
Como mentor, deixo aqui um alerta: somente produzir mais, não resolve os desafios do agro. O verdadeiro diferencial está em decidir com consciência de que o tempo do campo nunca anda no mesmo ritmo do mercado. O produtor que ignora esse descompasso se expõe a armadilhas previsíveis; aquele que o compreende, planeja e se antecipa, constrói resiliência e garante o futuro da sua atividade.
Você já parou para pensar quanto suas decisões de hoje podem estar comprometendo sua renda no futuro?
Esse é exatamente o tipo de reflexão que desenvolvemos juntos na minha mentoria. Afinal no campo, o tempo não pode ser controlado, mas a forma de decidir pode ser aprimorada. Se você busca clareza e segurança para transformar incertezas em planejamento e oportunidades, conheça a minha mentoria para produtores rurais.
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Fernando Lopa
Mentor para Carreiras e Negócios no Agro!
www.webrural.com.br
10/09/2025