Escrevi essas linhas a fim de contribuir e somar esforços para uma reflexão sobre a dinâmica do Agronegócio no Brasil.
Instigado pelo artigo “O Sal da Terra e o Peso da Pecuária: Entre o Quilombo e o Mercado“, postado por Mauricio Bauer, da The Moore Foundation, no Linkedln, cujo texto inicial reproduzo aqui:
“No Brasil de 2025, convivem dois retratos que, à primeira vista, parecem irreconciliáveis. Um é o do Quilombo Boa Vista, no Maranhão, comunidade tradicional que conquistou apenas neste ano um poço artesiano e o título de suas terras. O outro é o da pujante pecuária de corte, que em 2024 movimentou R$ 987 bilhões e sustentou quase 9 milhões de empregos. Ambos existem, ambos são Brasil — e ambos refletem as contradições de um país que busca construir um futuro sustentável.”
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04/07/2025
Inserido no Agronegócio, está o Agropecuarista (que tenho tentado mostrar aos diversos formadores de opinião, tanto do agro quanto de outros setores da sociedade) que são um dos inúmeros ELOS da cadeia que chamamos de Agronegócio. Elo esse, que leva todas as culpas sobre a degradação ambiental, todas as responsabilidades para “salvar o planeta” e, todos os créditos sobre pujança e faturamentos expressivos no setor.
Na minha opinião, a culpa é do próprio setor e de grande parcela dos produtores / formadores de opinião do Agro (que me enquadro de certa forma também ☺️) que, para se contrapor as cobranças da sociedade, acabam por dizer: “mas nós levamos a economia do país nas costas” , uma grande verdade, porém , como efeito colateral, provoca uma reação de cobrança da sociedade brasileira (a luz de tanta “pujança”), agravada pelo absoluto silêncio dos outros elos, afinal, “se alguém é apontado como culpado não sou eu que vou levantar os olhos para o meu negócio” , aliado também, aos processos ideológicos tipo “capital, terra e trabalho“, temos a tempestade perfeita para cobranças sobre o setor, onde todos os outros elos orbitam.