Quando pensamos em energias renováveis, logo vêm à mente imagens de painéis solares, turbinas eólicas e carros elétricos salvando o planeta. Mas será que essa revolução verde é tão “limpa” quanto parece?
O caso da usina solar que queimava aves
A maior usina de energia solar térmica do mundo, inaugurada em 2014 no deserto de Mojave (EUA), vai encerrar suas atividades após 11 anos. O motivo? Milhares de aves eram incineradas todos os anos ao cruzarem os feixes de luz concentrada nos espelhos da planta. Um projeto criado para proteger o meio ambiente acabou contribuindo para a morte de espécies locais.
Além desse exemplo, outras fontes renováveis também trazem impactos ambientais menos visíveis, mas bem reais. Abaixo, seguem alguns de muitos deles:
Painéis solares: possuem vida útil de cerca de 25 anos, mas seu descarte ainda é um grande desafio. Muitos contêm metais pesados e componentes tóxicos que podem contaminar o solo e a água se não forem reciclados adequadamente.
Baterias de carros elétricos: usadas para armazenar energia, essas baterias de íons de lítio são difíceis de reciclar e envolvem processos extrativos poluentes na produção.
Turbinas eólicas: apesar de não emitirem poluentes durante o funcionamento, representam risco para aves e geram resíduos de difícil reaproveitamento, como as pás de fibra.
É importante lembrar que a transição energética é essencial, mas precisa ser feita com planejamento e responsabilidade ambiental. Isso inclui não só investir em tecnologias limpas, mas a implantação com a devida antecedencia de programas de reciclagem e descarte de resíduos, além dos estudos de impacto ambiental antes da instalação de grandes projetos.
Sustentabilidade de verdade vai além da fonte de energia. Envolve o ciclo completo — da produção ao descarte.
Autor: Fernando Lopa
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06/05/2025