Na condição de Profissional do setor primário, Engenheiro Agrônomo e de Segurança do Trabalho, que possui sua expertise em Pós-Colheita de Grãos e trabalha no setor há 45 anos, devo dizer aos clientes produtores rurais, cerealistas, cooperativas e afins, que pretendem investir em Unidades de Secagem e Armazenagem (UA), que mais importante que a decisão de construir uma UA é ter conhecimento sobre essa atividade antes de investir em algo desconhecido.
Tive a oportunidade a partir de meu conhecimento, de inovar para o setor, criando um curso totalmente online de Secagem e Armazenagem de Grãos (com aulas gravadas), reconhecido pelos alunos, como um curso excelente que mostra e fala assuntos pertinentes, que nunca ninguém os ensinou, talvez pela experiência prática de quem labuta neste setor há muito tempo, desde tenra idade.
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Iniciei como recepcionista e balanceiro numa unidade familiar que na verdade me subsidiou nos conhecimentos adquiridos. Foi meu verdadeiro laboratório em Pós-Colheita de Grãos, onde pude testar e confirmar as tecnologias disponíveis para um melhor desempenho da unidade. Dificilmente alguém estudou o assunto como eu o fiz, além do que após ter lecionado no Instituto Federal Farroupilha (1998), fui convidado a assumir como Instrutor do Curso de Secagem e Armazenamento de Grãos no SENAR-RS, assumindo meu primeiro evento em 1999. No SENAR-RS instruí mais de 10.000 pessoas só neste tema, o que me deu consistência em meus conhecimentos técnicos, talvez por ter visitado todas as regiões produtoras de grãos, nas principais culturas de nosso estado, tais como arroz, soja, milho, trigo e sorgo e aprendido muito com essa atividade e experiência de terceiros.
Tenho orgulho de dizer, que por onde andei, deixei minha marca e reconhecimento pelo serviço prestado em nome do SENAR-RS.
Comecei a alçar voos mais altos, ministrando cursos em SC, PR, SP, MT e por sua vez também como Instrutor credenciado no SESCOOP-RS, PR, SP. E GO. Também atuei como convidado da ALLTECH do BRASIL, para servir seus clientes como Consultor, tendo ministrado cursos presenciais online, dirimindo dúvidas e formando uma nova maneira de pensar aos envolvidos no setor.
É preciso que atuemos como, conservacionistas de grãos e suas qualidades intrínsecas e extrínsecas, visando o atender bem atender o nosso consumidor, que, na verdade, é quem nos mantém firmes e atuantes no setor produtivo.
⊗〉 Ok, César. Mas onde queres chegar? Alguém pode questionar…
Com a experiência, que os anos me trazem, tenho visto inúmeras unidades de conservação de grãos mal operadas, com desperdícios de grãos, perdas de grande monta, com investimentos enormes, que poderiam ser melhor distribuídos, talvez sem gastar todo montante investido.
⊗〉 Sabem por quê?
Simplesmente porque quem faz o investimento, normalmente na casa dos milhões, não conhece o setor a que está adentrando... Se não conhece, aceita como verdade o que lhe é mostrado por pessoas interessadas em efetivar a venda! Pesado isso… Não quero com isso atingir alguém, falar de vendedores, nem de marcas/grifes de fabricantes!
O que pretendo é fazer o investidor refletir sobre seu investimento, dado a vultuosa aplicação de recursos, ele não pode errar ou cometer equívocos, pois um erro nesta fase, pode comprometer todo seu patrimônio.
Dimensionar pela sua capacidade de produção, tudo calculando e ainda extrapolando, para um possível crescimento natural da atividade é possível de ser feito, desde que por alguém capacitado. Não necessariamente seja por este que subscreve este artigo. O importante é o investidor se atentar para alguns indicadores.
Leia também: Descofiança Saudável.
Interessado no assunto?
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⊗〉 E quais seriam tais indicadores?
Idoneidade do fabricante, do construtor das obras civis, do montador, do eletricista, enfim, de todos profissionais envolvidos no setor. Poderia contar inúmeras histórias por este Brasil afora, sobre erros encontrados e que os investidores pagaram caro, por não ter pensado antes e não ter se informado para sua tomada de decisões.
Exemplo, tomar a decisão de investir, buscar projetos e financiamentos junto às instituições financeiras, achando que sua obra ficaria pronta para operar já na próxima safra. E o pior, dar-se conta dos erros, com a obra já finalizada.
⊗〉 Aí pergunto, vale a pena investir em algo desconhecido? A quem dar crédito?
Pense antes de decidir tomar decisões, como quem olha a grama do vizinho, achando que a mesma sempre é a mais verde… E seguir sonhando com um gramado verde, tal qual o do vizinho, sem saber como ele faz sua conservação para parecer bonito e também o trabalho que dá para atingir o resultado esperado.
Pense entes de investir. Com certeza as dores de cabeça serão bem menores…
Autor: Eng. Agrônomo CÉSAR MOUTINHO
Consultor Especialista em Pós-Colheita de Grãos
Parceiro WebRural
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29/04/2025
